quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Série Past Time

PASSEIO PÚBLICO — poema de Mário Pederneiras

Calmo jardim fechado e antigo,
Que o Sol, de leve, aquece,
E em que a sombra é um abrigo,
Onde o corpo descansa e o espírito repousa…
Aqui dentro, parece,
Vive um pouco da minha mocidade
E alguma coisa
Da vida primitiva e ingênua da cidade.(...)














Jardim de paz, de quietação, de sono,
Sem florações pujantes e vermelhas,
Sem horizontes de calor e brasas,
Sem o rude rumor da cidade grotesca,
Agitada, excitante …






























Jardim de ocaso, de ternura e afago,
De indolência e triste,
De vida interior serena e quieta,
Sem rigores de Sol, que o queime e o tisne.
Sempre na sombra de um Outono imerso,
E onde, eternamente, existe
Poeta!
Para exemplo e ritmo do verso,
O orgulho de um cisne
E a água triste de um Lago.



Nenhum comentário:

Postar um comentário